sexta-feira, 25 de maio de 2012

            

COMO CONECTAR SAÚDE: E EXPLODIR  VIDA



O  trabalho a seguir foi apresentado no V Encontro Acadêmico do Curso de 
Psicologia , realizado  no dia 23.05.12  no Centro Universitário Metodista  IPA.
Rosmeri Santos,  acadêmica do curso de Psicologia.
Cristian Guimarães, Professor orientador.


Renda-se como me rendi.
                         Mergulhe no que você não conhece,
                                                      Como eu mergulhei.
                                                            Clarice Lispector.
                  
             

1.    I NTRODUÇÃO


        No  ato diagnóstico  pautado no modelo médico,  o profissional da saúde,  efetua uma territorialização  onde o que mais se valoriza no discurso do paciente são os sintomas da doença    que   podem     identificá-lo,  enquadrá-lo,  reduzindo-o a um estudo de caso.
         Neste trabalho pretendemos fazer a inversão dessa lógica,  ou seja deslocar olhar da doença para a saúde, ou melhor  para a “Saúde”  a Vida, mas como fazer isto?  e com que propósito ?
         Para fazermos esse estudo inicial e exploratório, de  tema tão amplo e complexo, utilizamo-nos  como pano de fundo  leituras de Dostoiéviski, Nietzsche,  Foucault, Deleuze, e outros pensadores que pudessem nos auxiliar nesta caminhada tão pretensiosa , difícil , mas extremamente instigante.






Como esse  trabalho  tem como demanda  a nossa prática  do  Estágio Básico V, do curso de  Psicologia do IPA-POA, iniciaremos com a contextualização  do local  : O  Consultório de Rua ,  o  seu instrumento operacionalizador de saúde:  A  Clinica Ampliada, faremos uma sucinta análise psicossocial da  comunidade da Vila Nazaré, colocando em pauta o conceito: Ressentimento   e aí sim chegando a questão principal do nosso estudo, como conectar saúde para promover a explosão de Vida.



2.    OBJETIVO GERAL

 Desenhar uma análise dos processos de saúde da comunidade da vila Nazaré de Porto Alegre, a fim de compreender os movimentos capazes de promover a afirmação da vida.       
     
2.1.       OBJETIVOS ESPECÍFICOS

     Destacar sucintamente o Consultório de Rua e  A Clínica Ampliada.
      Fazer uma breve análise psicossocial da comunidade da vila Nazaré de Porto Alegre, identificando forças e fraquezas .
         Pensar num novo modo de  atuar a clínica tendo como dispositivo  o ressentimento.


3.CONTEXTUALIZAÇÃO DO LOCAL

Consultório de Rua

O  Consultório de Rua, é  uma proposta inovadora no cenário das políticas públicas no Brasil, tendo sua implantação inicial no estado da Bahia , e aqui no Rio Grande do Sul, na cidade de Pelotas e Porto Alegre, no ano de 2010,  através do Grupo Hospitalar Conceição – CR/GHC.
Como funciona na prática o Consultório de Rua ?
 O  CAPS Centro de Atendimento Psicossocial, localizado na Rua Dom Diogo de Souza em Porto Alegre  é o ponto de encontro , partida e chegada da equipe ,onde todas as sexta-feira no início da tarde, saíamos na van com os dizeres Pintando Saúde”.
Nossa equipe compunha-se de  seis ou sete pessoas, entre elas  dois estagiários de psicologia, eu e meu colega Ismael,  a psicóloga Silvia,  a terapeuta ocupacional, a enfermeira,a assistente social , e o motorista.
  Nosso  público alvo continha singularidades específicas, pertencentes a comunidades socialmente vulneráveis. A maioria  itinerante com uma relação diferenciada com o tempo: nion e chronos (1) que encontram-se em situação de exclusão e estigmatização (Cf. Goffmann.1988), aspectos muitas vezes efetivados na própria rede de serviços  públicos de saúde.
Inicialmente fizemos  o levantamento cartográfico, método fundamentado nas idéias de Deleuze e Guatarri, no sentido de que a produção do conhecimento vai se dando através das percepções,  sensações e afetos vividos no encontro com o seu campo.   
 Um dos pontos de atendimento do Consultório de Rua  é a  comunidade da vila Nazaré,  na zona norte de  Porto Alegre,  local de extrema vulnerabilidade social, com cerca de 4.000 pessoas, a sua maioria jovens, não existe  saneamento básico, o esgoto corre a céu aberto, a água e a luz são a base de “gatos”, ou seja quase que em total abando.
(1)     Deleuze reabilita a distinção estóica de nion e chronos para pensar a extratemporalidade do acontecimento ( ou caso se prefira, sua temporalidade paradoxal) A tradução corrente do primeiro termo por eternidade pode tornar a operação equivocada: na realidade, a eternidade própria ao instante tal como os estóicos a conceberem tem apenas um sentido imanente, sem relação com o que será a eternidade cristã ( como era também a interpretação por Nietzsche do Eterno Retorno). Aion opõe-se a Chronos, que designa o tempo cronológico e sucessivo, em que o antes se ordena ao depois sob condição de um presente englobante o qual, como se diz, tudo acontece ( Deleuze concorre aqui com Heidegger, que, sob o nome de “resolução antecipatória”, contestara o primado do presente de Agostinho a Husserl).
As primeiras visitas foram desoladoras, impactantes mesmo, pois sabermos das misérias que o sistema capitalista impõe a  
milhões de brasileiros através dos livros é bem diferente de vivenciá-la por dentro, é um soco no estômago. Feito o levantamento cartográfico, o cenário mostrou-se ainda mais desolador.
         As casas foram construídas com restos de papelões, latas recolhidas do lixo;  as melhores com madeira em decomposição, e ainda  muitas pessoas vivendo ao relento, cobertas com restos de jornais ou pedaços de plásticos. 
         A maioria  dos moradores não possuem renda fixa, vivem do lixo ou ainda  : do tráfico de drogas . Muitos dos pais da vila Nazaré,  esta  preso ou já foi , ou usuário de drogas   ou portadores de muitas outras enfermidades.
         Seus níveis de escolaridade são baixíssimos, sendo comum
ver  crianças faltando a escola para cuidar de outras crianças
ou  servindo de mula aos traficantes do local para garantir a sua sobrevivência , muitas  vezes única fonte de renda da família.
         Passado o impacto inicial, que para nós filhos de classe média, mais parece cenário de pós guerra,  vamo-nos deixando transversalizar por essa realidade, por essas pessoas, que também  vão se tornando menos esquivas, mais receptivas.
         Aos poucos  o encontro com pessoas  vítimas de abusos,  da miséria, das drogas, de doenças, do descaso do poder público , vítimas sob vários aspectos e que muitas vezes correm o risco de  entram num processo  de vitimização  sem saída.
         Procuramos então   manter  a atenção concentrada , mas ao mesmo tempo  flutuante,  e aos poucos vamos  identificando alguns pontos, linhas, nós , que denotam  potências de vida, que podem puxá-las a  realidades, a vida, empodeirando-as.


 4.REFERENCIAL TEÓRICO
Clinica Ampliada
Mas o que é Clínica Ampliada?  
São equipamentos de saúde com potencialidade para promover articulações nas redes setoriais. Em sua atuação atinge um público com demandas complexas e queixas múltiplas buscando romper com o isolamento do setor de saúde construindo parcerias eficazes.
A Clinica Ampliada busca construir  um cuidado  que possa integrar as diversas abordagens disciplinares  garantindo o alinhamento com as diretrizes da Política para Atenção Integral para as pessoas que se encontram em situação de sofrimento.
Prioriza o  desenvolvimento  de uma política voltada a saúde mental, com  plano emergencial de ampliação ao acesso ao tratamento e prevenção, política de humanização, baseados nos princípios que norteiam a prática do SUS- Sistema Único de Saúde:  universalidade, integralidade, equidade, com a estratégia  prioritária da redução de dano.
         E voltando a nossa prática de estágio,  na comunidade da Vila Nazaré, fomos ao combate, mas ao “bom combate,” expressão  usada por Lancetti, em seu livro: Clínica Peripatética, que no sentido etimológico do termo “piritateo” significa: passear, ir e vir, conversando e  onde aos poucos fomos  construindo vínculos, vencendo resistências, amenizando sofrimentos, potencializando vida em espaços já  construídos ou a construir,  junto  a      comunidade,       como a  rádio comunitária, o futebol  do grupo de adolescentes,  o  grupo de crianças,  o pessoal da sopa, o líder comunitário, o pessoal do posto de saúde , que  denominamos aqui como:  “jogo de forças”,  “ vontade de potência “, pois  resistem, lutam pela vida, não permitindo, apesar da dor, se  vitimizarem , se tornarem: “ Ressentidos.”
  Mas o que é a vontade de potência?  Segundo Viviane Mosé, em seu livro Nietzsche e a Grande Política da Linguagem , é esta resistência , esta tensão , é  a contraposição expansão-resistência é exatamente aquilo que caracteriza o choque, a luta, entre o jogo vigoroso de forças.
Mas o que quer a vontade de potência?  Ester Maria Heuser em sua tese de doutorado : Pensar em Deleuze,   faz várias reflexões interessantes ao responder essa questão como : querer destruir com alegria, criar com agressividade,  vontade
alegre e agressiva, criticar todo e qualquer ideal. Julgar a razão por dentro, partir as tábuas de valores, afirmar a vida. Vontade afirmativa.  Coloca ainda que para sentir e viver a vida de outro modo, a vida e o pensamento deve seguir a mesma direção, sendo guiados pela criadora vontade de potência.

          MAS COMO FICA O CONCEITO DO RESSENTIMENTO ?

         Saúde não é apenas  falta de doença,  o indivíduo pode ser “saudável”, mas  ser triste,  apático, sem vida.
         E por acreditarmos nisso que resolvemos, em nosso estudo, deslocar o olhar da doença para a vida,  a vida do homem atual que se ressente por não obter sucesso, se ressente por achar que o outro é mais poderoso , mais jovem, mais esbelto, se ressente por não conseguir abrir mão de nada,  nem mesmo para ser feliz , se  ressente ainda por ter que conviver com perdas inerentes e importantes da existência, se ressente.... e  fazermos uma reflexão , será que o Ressentimento não seria um sintoma da Vida atual ?  
Após  leitura de vários  casos clínicos, e de muitos relatos,  constatamos que muitas pessoas após  se defrontarem com situações de grande impasse, perdas significativas, ou vivenciarem longos períodos de sofrimento, ou mesmo  por não conseguir lidar com questões  do  mundo atual ,  desenvolveram  determinados   transtornos mentais ou ainda  produziram  várias comorbidades ,  são vidas  carregadas     de  ressentimento.  Procuram então alívio nas  drogas lícitas ou ilícitas, reforçando o modelo médico, focado na doença,  fortalecendo a indústria farmacêutica própria    do  sistema capitalista, gerando a indústria da produção de doença.
         O ressentimento nos faz cegar para a vida, o sujeito ressentido bem exemplificado no livro de Dostoiévski,   Memórias do Subsolo, passa a vida  ressentido-se, ruminando acontecimentos do passado, culpando o outro por seus fracassos,   infantilizando-se, vitimizando-se ,  e por fim  culpabilizando-se . Não conseguindo viver o presente, preso em sua própria prisão ,constrói muros cada vez mais altos e sistemas cada vez mais complexos para mantê-lo assim, impotente, fraco, doente.
         A individualização, a infantilização, a vitimização e a culpabilização são os processos que fazem parte  do ressentimento, fechando-se um círculo vicioso, em que o psicólogo  atual precisará romper.
         A princípio parece algo simples,  mas o processo analítico a luz da “teoria do ressentimento”,  envolve também   muitas perdas  assim como ,tomar para si a responsabilidade da própria vida.
         Vale lembrar ainda que segundo  Nietzsche: para construirmos as verdadeiras bases da subjetividade e da psicologia, devemos romper com preconceitos metafísicos e morais.
         A  teoria Nietzscheana sobre o ressentimento coloca  que o sujeito ressentido  está condenado a não poder afastar da consciência a experiência do sofrimento. “Essa capacidade ou impotência para afastar da consciência a dor vivida é que distingue saúde da doença, a força da fraqueza.”2(pag.83).
         “O tipo ressentido é aquele no qual ocorre uma inibição ou bloqueio na capacidade de descarga de energias e afetos em direção ao exterior”3, envenenando-o, produzindo doenças .
(2) e( 3) Junior,Oswaldo Giacoia in: Nietzsche como Psicólogo.
                O ressentido é aquele que sente e ressente , infinitas vezes, ele não consegue esquecer,  não quer esquecer,  faz questão de lembrar.  Quer se vingar do seu algoz,  mas  nunca  conseguirá,  a sua vingança é sempre adiada, permanecendo sempre só na imaginação, que aos poucos irá envenenando-o,  adoecendo-o.  A  culpa  também é sempre do outro, ele é sempre refém do outro, que no caso sempre é mais forte, mais senhor de si, o soberano. O ressentido   permanece  no  lugar de escravo,de fraco, de doente, gerando um sentimento ainda mais amargo,sentindo-se ainda mais  culpado, ressentido.
         O indivíduo fecha-se em si mesmo, por isso é um ser individualista, egoísta,  atribui ao outro todas as sua mazelas, por isso infantilizado-se , pensa que o outro é a razão do seu sofrer: vitimizando-se,  atribuindo ao outro qualidades superiores e considerando-se ainda mais culpado , é o ciclo vicioso da doença, do ressentimento.
         Essa forma  doentia de vida  não seria própria de nossa atual sociedade ?  Não poderíamos então   colocar o Ressentimento  como um sintoma social ? Esta é uma questão levantada por Maria Rita Kehl, em seu livro : Ressentimento.
         MAS COMO O DISPOSITIVO DO RESSENTIMENTO OPERA NA COMUNIDADE ?
         Ao  depararmo-nos com os relatos das histórias da maioria das pessoas portadoras de sofrimento psíquico da vila Nazaré percebemos logo que carregam um forte conteúdo de vitimização, um dos pilares do ressentimento que aqui queremos por em pauta.
        São pessoas em sua maioria  ressentidas, no sentido de ficarem ressentindo, repisando, remoendo pensamentos que vão envenenando-as e paralisando-as, e transferindo sempre aos outros toda e qualquer responsabilidade.
    MAS COMO O PSICÓLOGO PODERÁ  AJUDAR A ROMPER COM O RESSENTIMENTO ?
    Não é nada fácil para o psicólogo atuar junto a essas pessoas que vivem em condições de extrema vulnerabilidade social, e que aqui quero confessar que a princípio achei que não tivéssemos o que fazer, tamanha impotência que sentimos ao sermos cercados de tanta miséria ,dor e sofrimento.
   Lembrei-me então do relato de Viktor Frankl, em seu livro Em  Busca de Sentido : “ mesmo  no campo de concentração, se pode privar a pessoa de tudo menos da liberdade última     de assumir uma atitude alternativa frente as condições dadas.  Como por exemplo  as pessoas que caminhavam de barracão em barracão, dando uma palavra de carinho, ou entregando a última lasca de pão.” Mais adiante ele fala-nos sobre a Arte no Campo de Concentração que realizavam nos minutos fugidos da vigilância dos nazistas, em que encenavam algumas peças de teatro, contavam poesias, deixando de pensar, de remoer pensamentos mortificantes, produzindo então saúde, sendo apesar de vítimas, não se  deixarem vitimizar, não se ressentindo a ponto de se entregarem ou seja juntando forças e sabendo que só podiam contar com eles mesmos, para a sua sobrevivência, conectando então saúde, afirmando a vida.
     Recordo-me então de uma moradora da comunidade, que a psicóloga da equipe atendeu, as queixas remontavam aos filhos, ao marido preso, a vida difícil e a repetição das queixas funcionavam como uma proteção do “Eu”, assim eu não preciso mudar em nada, afinal não tenho nenhuma responsabilidade, e passam a vida se martirizando se ressentindo. O ressentimento expressa a tentativa do eu de evitar confrontar-se com a própria covardia e com os prejuízos que ela causou.
     O ressentimento também expressa a recusa do sujeito em sair da dependência: ele prefere se protegido, mesmo que seja prejudicado, a ser livre e dono de suas escolhas, é o que Nietzsche chama de” moral dos escravos.”

       MAS O QUE PODE SER USADO COMO AFIRMAÇÃO DA VIDA NA COMUNIDADE ?
      Dentro da comunidade detectamos alguns pontos importantes dessa potência de vida, em que os sujeitos deixaram de lado a “moral de escravo” e  assumiram a “moral dos senhores”, ou seja senhores de suas próprias  escolhas, desejos, vidas.
    Fico feliz então em lembrar do músico da comunidade que conversei pessoalmente, semi-analfabeto, mas de grande sensibilidade e inteligência, relatou-me que já esteve no fundo do poço, foi viciado em drogas, licitas e ilícitas de todos os tipos e quase morreu, foi então que descobriu que precisava parar de remoer as tristezas, os muitos fracassos, as perdas, e seguir em frente, descobrindo um novo sentido a sua vida e não mais se  RESSENTINDO dela.
   Este músico é também o compositor das músicas de Happ da comunidade, participa da rádio comunitária que o pessoal do Consultório de Rua ajudou a implementar  é um exemplo importante de saúde a todos.
     A “senhora da sopa” que cozinha todas sextas-feiras, para as crianças e adultos , sempre de bom astral ela mexe e remexe aquele  seu panelão com todos  aqueles legumes doados pela comunidade, engrossando o caldo com muito amor e dedicação.
   Finalmente   o nosso grupo de contação de histórias infantis , que começou no nosso Estágio Básico IV, em que o professor João Trois, foi nosso orientador e que também contribuiu  em muito na  nossa caminhada.
                                    Passear, ir e vir
                                            conversando, ...
                                                 conectando saúde : explodindo Vida.
  
   
                                                                                                                                                
Bibliografia
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