segunda-feira, 9 de setembro de 2013

SENSOPERCEPÇÃO E SUAS ALTERAÇÕES



Sensopercepção – O termo sensopercepção é utilizado para se referir a processos complexos através dos quais tomamos conhecimento do mundo. Ou seja, a sensopercepção é a primeira etapa de nosso processamento cognitivo. Esses processos são basicamente sensitivos, sejam eles periféricos ou centrais (de 1ª ordem), e perceptivos (2ª ordem). Em virtude de dificuldades de se distinguir que etapa está afetada em certos fenômenos psicopatológicos, consagrou-se o uso do termo sensopercepção.


Alterações da sensopercepção
Alterações quantitativas
Agnosia: Termo criado por Freud que literalmente significa não conhecer. É um distúrbio do reconhecimento visual, auditivo ou tátil, na ausência de déficits sensoriais (periféricos ou centrais). As sensações podem ocorrer, mas não são percebidas ou não são associadas.
Hiperestesia: Aumento global da intensidade perceptiva. As impressões são mais intensas, mais vívidas ou mais nítidas, podendo também ser mais desagradáveis. Ex: mania, intoxicações, algumas crises epilépticas, quadros dissociativos, na “ressaca, na ansiedade.
Hipoestesia: Diminuição global da intensidade perceptiva. As imagens são mais escuras, sem brilho; a comida é insossa; os sons são abafados etc. Ex: quadros de estupores na depressão ou na esquizofrenia; rebaixamento do nível de consciência.
Anestesia: Abolição da sensibilidade. Encontrada nas mesmas situações da hipoestesia, e ainda em quadros dissociativos (cegueira ou surdez histérica).
Alucinações negativas: Aparente ausência do registro sensorial de determinado objeto presente no campo sensorial.
Macropsia: Percepção de objetos aumentados de tamanho.
Micropsia: Objetos parecem menores do realmente são.
Dismegalopsia: Objetos parecem deformados, com partes aumentadas, partes diminuídas.
* A macropsia, a micropsia e a dismegalopsia ocorrem mais comumente em quadros de delirium, na epilepsia de lobo temporal, na esquizofrenia, nos transtornos alimentares e na intoxicação por alucinógenos.

Alterações qualitativas
Ilusões: Do latim, illusionem, significa engano, miragem, ludíbrio. É a percepção falseada, deformada, de um objeto real e presente, um outro objeto é percebido no lugar do original, a deturpação da imagem se dá por uma mescla entre a imagem perceptiva e uma imagem representativa. Nossos sentidos são simplesmente enganados por uma variável circunstancial (iluminação, distância, efeitos ópticos, etc.) ou se deixam superar por alguma emoção. Podem ocorrer tanto em pessoas com ou sem transtorno. São classificadas em: Ilusão por desatenção, ilusão catatímica e ilusão confusional.
Pareidolia: Uma imagem, fantástica e extrojetada, é criada intencionalmente a partir de percepções reais de elementos sensoriais incompletos ou imprecisos. Ocorre em pessoas normais e é relacionado à atividade imaginativa. Diferencia-se da ilusão pela consciência da irrealidade da imagem e da sua influência voluntária sobre essa.
Alucinação: Do latim alucinare, que significa dementado, enlouquecido, sem razão. É a percepção clara e definida de um objeto sem a presença do objeto estimulante real. Nas alucinações verdadeiras há todas as características de uma imagem perceptiva real. As alucinações verdadeiras possuem irresistível força de convencimento, ou seja, são aceitas pelo juízo da realidade, por mais que pareçam para o próprio paciente estranhas ou especiais. A possibilidade de se suprimir uma alucinação através argumentação sensata é decididamente nula e, caso isso aconteça, não estaremos diante de uma alucinação genuína, mas de um engano sensorial.

TIPOS DE ALUCINAÇÕES
* Alucinações visuais
* Alucinações auditivas
* Alucinações táteis
* Alucinações olfativas
* Alucinações Gustativa
* Alucinações cinestésicas


REFERÊNCIAS

psiquiatriaufmg.blogspot.com













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