O autor fala-nos das três ecologias que são a ambiental, a social e a mental; o meio ambiente, as relações sociais e a subjetividade humana e sua articulação, ele denomina: ecosofia.
A partir daí faz uma análise social em que aponta algumas questões em relação ao futuro da humanidade como: que finalidade terá a disponibilidade das forças produtivas diante de todo o desenvolvimento maquínico redobrado pela revolução informática ? E responde com outra pergunta
terá como resultado o desemprego, a marginalidade, a solidão, a angústia, a neurose ou desenvolvimento da cultura, da arte, da criação, da pesquisa, da re-invenção do meio ambiente de outros modos de vida?
A ponta ainda que a verdadeira resposta a crise ecológica só virá se for em escala planetária, com uma revolução que englobe a política, o social e o cultural. E deverá ir além abarcando não só as forças visíveis, mas também os domínios de sensibilidade, de inteligência e de desejo.
Segundo o autor esta chegando ao fim os tempos em que o antagonismo leste-oeste , operário-burguesia predominavam, agora será que virão uma complexa problemática das três ecologias a substituir as lutas de classes e seus mitos de referência ?
Quanto a proliferação crescente da miséria concordo com o autor ainda fará parte do monstruoso sistema de estimulação do Capitalismo Mundial Integrado.
Quanto maior a riqueza maior a geração de miséria própria do CMI, e a incapacidade das forças sociais e subjetivas se apropriar desses meios.
O CMI tende cada vez mais a se reformular descentralizando seus focos de poder das estruturas de produção de bens e serviços para as estruturas produtoras de signos, de sintaxe e de subjetividade, por intermédio do controle que exerce sobre a mídia, a publicidade, as sondagens. O seu objeto é um só bloco produtivo-econômico-subjetivo.
O poder capitalista se deslocou, se desterritorializou ampliando seu domínio sobre a vida social, econômica e cultural do planeta, assim sendo não é possível se opor a ele apenas de fora, através de práticas sindicais e políticas tradicionais que na realidade reproduzem as relações de dominação e opressão próprias do sistema capitalista.
Precisamos uma imensa reconstrução das engrenagens sociais para começar pensar em enfrentar o CMI, com a promoção de práticas inovadoras, pela disseminação de experiências alternativas, centradas no respeito a singularidade e no trabalho permanente de produção de subjetividade, que vai dando autonomia.
Portanto concordo com Guattari devemos ser solidários e respeitarmos as singularidades, promovendo o processo criativo abrindo para as novas possibilidades de vida que são múltiplas e devem ser respeitadas.
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